A chama olímpica arde em Paris, mas a frustração de alguns atletas brasileiros acendeu nas redes sociais! Fernando Ferraz, o “Balotelli” do decatlo, soltou o verbo sobre o kit “broxante” da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Sem sapatilhas para suas 7 provas e com poucas peças de roupa, ele terá que usar seu próprio dinheiro e criatividade para brilhar nas Olimpíadas! “Vocês não têm ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção. Sempre achei que nas olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim pra nós” – disse Fernando Ferraz.
Mas Ferraz não está sozinho nessa! Outros atletas brasileiros também expressaram suas dificuldades com os kits fornecidos. A falta de materiais adequados e personalizados para cada modalidade tem sido um obstáculo para muitos competidores.
Outros atletas também enfrentaram problemas
A polêmica dos kits olímpicos “broxantes” se espalhou como fogo em palha! Não é só Fernando Ferraz que está insatisfeito. Uma onda de frustração tomou conta de atletas de diversas modalidades, que enfrentam a falta de materiais adequados e personalizados para suas competições.
No judô, a falta de quimonos adequados tem sido um problema recorrente. Atletas como a campeã mundial Mayra Aguiar tiveram que improvisar e usar quimonos antigos para treinar. Já no vôlei de praia, as duplas reclamaram da qualidade das bolas e da falta de suporte para a preparação física.
A natação também não ficou de fora da polêmica. Nadadores como Bruno Fratus, medalhista olímpico, criticaram a falta de maiôs de alta performance e a falta de apoio para a recuperação muscular.
E a lista continua! Atletas do atletismo, ginástica, canoagem e outras modalidades também levantaram suas vozes, expondo as dificuldades que enfrentam na preparação para os Jogos Olímpicos.
A voz dos atletas ecoa nas redes sociais!
Diante da situação, os atletas brasileiros se uniram em busca de soluções. A hashtag #KitOlimpicoBroxante viralizou nas redes sociais, ganhando apoio de torcedores e personalidades do esporte. A pressão surtiu efeito: a CBAt e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se comprometeram a investigar as denúncias e buscar soluções para garantir condições dignas aos atletas.
Não é só um “Kit”
Este exemplo das olimpíadas pode ser aplicado a vários tipos de kits com brindes: “kit de boas-vindas”, “kit de home office”, “kit de felicitações”, “kit de valorização”, “kit de parceria”, “kit de data sazonal” (como natal, dia do cliente, dia do trabalhador…), dentre vários outros tipos de kits com brindes.
Quando uma empresa se encarrega do compromisso de fornecer um kit para um colaborador ou mesmo para um cliente a atenção não deve ser dispensada a somente quais os brindes vão compor aquele brinde! Existe uma “jornada” para compor aquele kit.
Uma jornada
Quando dizemos “jornada” nós estamos falando sobre algo que vai desde a idealização até a entrega do kit.
Idealização: Para quem é? Por que será fornecido? Quais os brindes e materiais que compõe o kit? Qual a qualidade esperada? Em qual quantidade? Não apenas estas perguntas mas várias outras deverão ser respondidas no processo de idealização.
Personalização: O que será personalizado? Como será personalizado? Quais as cores? Quais os tipos de personalização aplicáveis? Onde será personalizado? Afinal, você espera que o kit tenha “a cara” da sua empresa ou remeta a um evento em que for distribuído!
Fornecedores: Quem fornece? Qual a qualidade fornecida? Atende? Foi testado? Possuem a quantidade necessária em pronta entrega? Em quanto tempo entregam? A escolha do fornecedor é algo que requer muita atenção: não é desejável que algum item do kit chegue com defeito ou que por baixa qualidade deixe de funcionar ou mesmo quebre facilmente. Também há o fator “tempo”: não pode atrasar!
Logística: Onde será armazenado? Temos espaço? Como será embalado para transporte? É a embalagem correta? Como será transportado? Por qual modal (Aéreo, rodoviário ou ferroviário)? Será necessário mais de um modal? Em quanto tempo será entregue? Chegará a tempo? Como você pode perceber, a logística vai além da entrega, fatores como estocagem e embalagem deverão ser levados em consideração.
E este é só um resumo da jornada necessária a ser percorrida para fornecer um kit de brindes ou materiais com sucesso.
Experiência do Colaborador e Experiência do Cliente
Com este exemplo das falhas nos kits distribuídos nas olimpíadas (o que acabou virando uma piada internacional, infelizmente), vimos o quão frustrante é receber um kit errado. Numa análise rasa encontramos erros que vão desde a idealização até a logística (veja a jornada descrita de forma resumida acima).
Trazendo este infeliz exemplo para o dia a dia das empresas, você já pensou o quão frustrante seria para seu colaborador receber um “kit home office” onde faltam peças essenciais para exercer o trabalho como, por exemplo, o notebook chegar sem o carregador? Além de ser frustrante gerará impacto direto na produtividade, talvez perdendo um ou mais dias de trabalho! E vamos além: um “kit de aniversário” que contêm itens comestíveis que contém glúten para um colaborador que é celíaco. Já pensou que “broxante”?
Já vimos casos de verdadeiras trapalhadas ao fornecer brindes para clientes, o mais emblemático é um caso ocorrido em Minas Gerais, onde, por uma confusão do setor de marketing de uma empresa de máquinas pesadas para a construção civil, um cliente muito importante que torcia para time de futebol Atlético Mineiro recebeu todo os brindes personalizados com as cores e símbolos do seu rival, o Cruzeiro… O cliente pensou inicialmente se tratar de uma brincadeira, mas, ficou extremamente chateado ao descobrir que não era.
Do mesmo modo em eventos os kits e brindes distribuídos em estandes ou para cada visitantes devem ser corretamente personalizados e ter uma boa qualidade. Caso o brinde seja frágil, mal pintado, mal-acabado é a imagem da sua empresa que está em jogo!
Os conceitos de experiência do colaborador ou experiência do cliente obviamente vão muito além dos brindes. Mas, ao se propor em fornecer algum brinde ou kit a empresa deve ter ciência de que aquilo impactará na experiência do colaborador influenciando negativamente o seu engajamento) ou na experiência do cliente (e vai influenciar na imagem que sua empresa terá para aquela pessoa).
Paris 2024: a chama da esperança e da superação!
A imagem do Comitê Olímpico Brasileiro ficou prejudicada com os ocorridos. Como todos viram nas últimas reportagens a repercussão foi internacional (com delegações de outros países se sensibilizando e oferecendo ajuda a alguns atletas Brasileiros) e manchou esta parte da história do esporte nacional.
O mesmo não pode ocorrer com sua empresa: ou impactará diretamente no engajamento do seu colaborador ou manchará a imagem de sua empresa com um cliente ou com um prospect captado em algum evento. Não é só um kit: há muito em jogo e a responsabilidade é enorme!
Pelo menos em relação às Olimpíadas, apesar dos desafios, nossos guerreiros e guerreiras não se deixam abalar! Com garra e determinação, eles buscam soluções para superar as adversidades e representar o Brasil com orgulho. Afinal, o espírito olímpico está no sangue brasileiro!
